Rio de Janeiro

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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

domingo, 31 de agosto de 2025

O Inexplicável

O Inexplicável


A unicidade

Do ser, magia

De Deus, verdade


Feita a unidade

Em fantasia

E realidade,


Mar e cidade

E céu, chovia.

 

sábado, 30 de agosto de 2025

Dia de Silêncio / Crônica

Dia de Silêncio / Crônica


     O dia é de silêncio pelo escritor Luis Fernando Veríssimo, e fica a sugestão para que o leiam amanhã, porque certamente ficarão de bom humor, assim como eu ri tantas vezes com os livros dele. O tempo é o tempo que cabe a cada um viver, e o tempo dele certamente continua com as suas obras capazes de trazer o bom tempo para dentro de nós.

     Por falar em silêncio, ele é relativo, pois os celulares continuarão soando e em todos os lugares.

     Por falar em saudade, o tempo do silêncio foi massacrante, e foi o tempo em que houve a transição do rádio AM para o FM.

     As emissoras AM baixaram a qualidade para que os rádios FM fossem vendidos. Eram poucos e sumiam das lojas com preços comparáveis aos celulares caros recém lançados de hoje em dia.

     Naquele ano as músicas eram ouvidas pelos programas de televisão, às vezes chatíssimos, aos finais de semana.

     A semana era silêncio ou a Rádio Educativa, com os clássicos da MPB - música popular brasileira e os compositores propriamente clássicos como Beethoven, Mozart, Chopin, etc.

     Muitas vezes era preferível ouvir clássicos do que as emissoras da rádio AM.

     Não haviam fones de ouvido, e o jeito era colocar a orelha junto ao som da sala para se ouvir alguma música aceitável.

     Era outro jeito de viver a música, não existiam os cds, e as rádios , pelo menos na minha opinião eram péssimas, poucas músicas e muita conversa.

     Hoje a música é online, as caixas de som com bluetooth conectadas ao celular, escolhe-se o que se quer ouvir, e posso dizer que a qualidade de vida musical é bem vinda.

     Diante de tal saudosismo, e da possibilidade de conhecer Luis Fernando Veríssimo pelos livros deixados para que sejam lidos, conheçam o escritor, experimentem o lirismo do bom humor dele, e o que diante da realidade, pode fazer, e se torne um otimista.

     Seus livros me deixaram de bom humor, saudade.


     Grata pela leitura.  

sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Filosofia de Sexta-Feira

Filosofia de Sexta-Feira


Paisagem concordante

Com a alma, sensação

Da quietude falante

Da modificação,


Essa coisa bastante,

Sensibilização

De um saber confortante

Sem a idealização


De um livro numa estante

Lido por distração

Num caminho distante,

Intensificação.






  

quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Música Chiclete

Música Chiclete


E este dia voou

No alto falante,

Nem pesquisou

O som pulsante,


Que assim causou

Mesmo distante,

E não pausou

E foi radiante;


Em rimas soou

E foi viajante

Que foi e voltou

Chiclete e instante.





 

quarta-feira, 27 de agosto de 2025

À Gosto

À Gosto


Ideia fixa é pipoca

Guardada, falta tempo

Nesse tempo que foca


Noutra ideia que pipoca

No tempo, pensamento

Nublado e café moca,


Que precisa o tempo e a oca,

Cadeira e um argumento.


  

terça-feira, 26 de agosto de 2025

Chuva e Varal

Chuva e Varal


Neste temporal

Roupa no varal;

Lá vem correria.


 Fica desigual,

Mas é algo especial

Porque vem e esfria


E muda o visual

Da agenda do dia.

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Nó em Pingo D'Água / Crônica

 Nó em Pingo D'Água / Crônica


     Mania é mania, e lá fui eu mexer nas partituras.

     Uma chamou a atenção e vim para aqui, na internet, pois era tema de filme. Depois de ouvir a música e ler a sinopse, tive um insight - tinha comprado o livro - um Bestseller com bom preço.

     Assim, essa hsttória veio devagarinho lembrando o que seria um dueto numa apresentação escolar.

     Ela, a violinista, seria a esperança, e eu, piano, o destino.

     O drama não foi aprovado para uma apresentação escolar.

     A esperança está firme e forte, pois busquei e encontrei a esperança tocando em frente e fazendo projetos.

     O destino está tão presente quanto a esperança.

     O que conta é que tinham praticamente feito uma previsão sobre o meu futuro, e já faz mais de década que isso aconteceu.

     No entanto ela era a esperança viva na luta pela saúde, o que era diário , e todos acompanhavam o esforço.

     O livro foi comprado muito depois, e o li pela metade, ou seja, li o final, e desisti de ler a novela, que parecia um "remake" de outro filme, indicado por outra professora.

     Aquela partitura ficou guardada desde a data da sua não apresentação.

     Eu me perguntei hoje como foi que foi feito esse exercício de futurologia a meu respeito, e ainda disseram que era destino.

     Não faz tanto tempo assim que as pessoas realmente se importavam umas com as outras, e os sussurros eram compartilhados entre professores e alunos, e todos participavam.

     Lembrei da tragetória do que seria o destino, e de onde veio aquele destino, e que até pode ser que seja inevitável, mas no entanto ele, o destino, não teve pressa em ser destino.

     O outro filme era praticamente a mesma história, e esse eu tive que assistir, pois ganhei o DVD de presente.

     É bom pensar que, nesse caso a esperança não se opõe ao destino, pois caso a música fosse apresentada, a esperança estaria lado a lado com o destino.

     Se o destino fosse aquele, o que nem eu me arrisco a prever, a esperança seria obrigatória para levar o destino a ser menos rude.

     A esperança deve ser vivida todos os dias da vida da gente, e essa frase não é minha.

     Dia de dizer que assisti o filme, li a partitura, e contei o final do livro sem ler a história inteira, tarefa feita em anos diversos um do outro.

     Consegui um nó nas ideias, tão difícil quanto um nó em pingo d'água.

     Grata pela leitura.      

domingo, 24 de agosto de 2025

Um Dia Normal

Um Dia Normal


Um dia normal

Não tem um preço,

Merece apreço


Por ser igual,

Por ser acesso

Ao recomeço;


Dominical

Jeito travesso. 

sábado, 23 de agosto de 2025

Ficção

Ficção


Noutro espaço

Um compasso

Mede a Terra


Passo a passo,

Tempo escasso

D'outra esfera


De céu esparso,

Sol quem dera.

 

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

Alegoria

Alegoria


Desenvolver,

Ideologia

Do que fazer,


Porque fazer

Deste outro dia

Que recria a ser


E a se querer,

Na alegoria.

 

quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Vida que Segue

Vida que Segue


Vida que segue,

E a continuar

Que não se negue


E nem segregue

A musicar,

Luz desentregue


A que se apegue

O caminhar.


 

quarta-feira, 20 de agosto de 2025

terça-feira, 19 de agosto de 2025

A Dizer

A Dizer


A realidade

Que não se sabe

Até se ver


Hora metade,

Quando assim cabe

Um não saber


 Com sobriedade,

 Vem por dizer.

segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Reverberações dos Ventos

Reverberações dos Ventos


Os ventos sopram

De tantos cantos

E se desdobram

E evitam prantos.


Vêm, colaboram,

Cuidam de tantos

Que sóis afloram

Com seus encantos,


E comemoram

Os gestos santos,

Mas não demoram,

Fazem recantos.




 

domingo, 17 de agosto de 2025

Modo Menor

Modo Menor


Hoje feliz

Com cicatriz,

Modo menor


De ser feliz,

Que a dor não quis,

Foi sem furor,


O que condiz

Com bom humor.


 

sábado, 16 de agosto de 2025

Parafraseando as Férias no Interior

Parafraseando as Férias no Interior


Sem dono é o verbo escolher,

O verbo é determinante

E diz sobre o que fazer

Do momento logo adiante,


É o dever a concorrer

Nesse caminho constante,

E ao supérfluo, seu correr,

E nele restar consoante


Com a graça de querer

Algum lugar que é distante,

Mas é a alma desse querer

Que faz o dia num instante.


 

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

O Poema que Não Li / Crônica

 O Poema que Não Li / Crônica


     Neste caso não li porque me perdi em assuntos variados sobre saúde e história.

     Não sei se o poema seria épico, trágico, lírico, satírico ou banal, mas não li.

     Sobre saúde, não vou cronificar o que não é doença, mas condição, onde certamente coloco Deus na situação.

     O artigo sobre história pareceu uma releitura ótima de Beethoven, porque ele foi considerado o primeiro exotérico, e eu já tinha ouvido contar história semelhante com questionamentos semelhantes dentro de casa.

     Sei que há muitos "fatos" onde não se encontra um motivo racional que os expliquem, mas ainda assim deixo para outros estudarem o que não tem explicação.

     Por sorte, encontrei várias páginas interessantes e , o tempo de leitura faz esta noite suavemente amornada e aconchegante, e pode ser a antevéspera da primavera, pois setembro está chegando, ou foi o sanduíche quente que lanchei.

     O poema mora na alma do poeta a recitar, e independe de toda a racionalidade que se possa buscar.

     A realidade não supera a vontade de poetizar o que é belo, volátil como a eletricidade que nos move, e a matemática é música.

     Neste período de pausa para pensar encontrei o que precisava ler, imaginar que sabia sem saber, me fez bem.

     Agora, deixo a filosofia aproveitar a sexta-feira.

     Grata pela leitura.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Mulher de Lua

 

Mulher de Lua


Pela janela

Olho a rua,

Não tem lua.


Peço a janela

Que a substitua

E ela se amua,


Porque estou nela

E está frio, sem lua.



quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Artificial / Comentário


Artificial / Comentário


     Recebo mais uma pesquisa a ser respondida para um avatar da inteligência artificial.

      Não responderei.

     Há um exagero no uso de tal artifício. Se for para elaborar publicidade dirigida, pior ainda.

     Aquela pesquisa em que pede uma avaliação do atendimento através de nota, penso que é válida.

     No entanto, pesquisa sobre hábitos de consumo, nem respondo.

     No mês passado recebi a recomendação de pensar em mim, me cuidar e me avaliar física e espiritualmente. 

     Estou fazendo o possível para fazer o dia a dia saudável, e com ânimo.

     Estou evitando de fazer ligações para lugares cuja resposta é: diga uma palavra sobre o assunto do seu interesse, que redireciono a sua ligação. 

     O mundo digital tem seus limites.

     Um mundo feito de respostas por marcar a pergunta correta, e respostas que não correspondem ao interesse da pergunta, elevado ao potencial do interesse lucrativo de uma empresa, chega a ser irracional.

     Se a inteligência é artificial, ela corresponde a um mundo artificial, no sentido de ser repleto de artifícios que tomam o tempo do consumidor.

     Penso que é prejudicial a convivência em sociedade esse exagero artificial.

     Prefiro o supermercado, onde as expressões são legítimas e esclarecedoras, portanto satisfatórias.

     Por estes dias, perguntei qual era a mexerica e qual era a morgote, e o menino foi perguntar para a supervisora e me auxiliou na decisão da compra.

     Igualmente no domingo passado, fiquei feliz ao ouvir espontaneamente de um garoto que não comeria até chegar em casa, pois faziam um churrasco no Dia dos Pais.

     A naturalidade e precisão humana superam em muitos aspectos a inteligência artificial.

     O ser humano tem como útil as ferramentas tecnológicas. O problema é que não se pode substituir o ser humano pela tecnologia quando o assunto é convivência.

     Deveria haver um limite para o uso da inteligência artificial, até mesmo por vontade individual de se contatar com o próximo, com qualidades e defeitos humanos, afinal somos humanos.

     Grata pela leitura.

     

     

terça-feira, 12 de agosto de 2025

Deus Sensível

Deus Sensível


O Espírito Santo,

Um Deus invisível

Que está em todo canto


E sopra sem manto

O Deus do impossível

Da arte, puro encanto


 Que leva o quebranto

Sendo o Deus sensível.  


 

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Rodopio

Rodopio


Um dia esticado

Cabe no tempo

Mais que contado,


Roteiro dado

É o entendimento

Como tablado


De um sapateado

Em movimento. 

domingo, 10 de agosto de 2025

Pintura à Lápis

Pintura à Lápis


Caderno de colorir,

Antigo de desenhar 

Nas cores de todo vir,


Lápis de cor a convir 

E tudo a se imaginar

E régua p'ra conseguir


A reta desse construir,

Que o hoje viveu a pinçar. 

sábado, 9 de agosto de 2025

sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Nem tão Clássica

Nem tão Clássica


Já faz falta

Esse samba,

A tua pauta,


 Na letra alfa,

Nessa dança

Meio peralta


Quando fala

Da esperança.

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Chá de Anis

Chá de Anis


Presto atenção,

Faço a oração,

Sigo feliz


Com precisão,

Numa oração

Que me bendiz,


Voa esse alazão

Num céu de anis. 

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

Cada Ideia

Cada Ideia


É tanta a gente,

Que conversar

Se faz pingente,


Que enfeita a gente

Como um colar,

Constantemente


Lembrando a gente

De ser, e estar.




 

terça-feira, 5 de agosto de 2025

Linhas Musicais

Linhas Musicais


Perde-se o discernimento,

E este mundo é confusão.

Concordância traz o tempo,

Embora seja canção


Feita, lida, passatempo,

Que soa como obrigação

Na alma, e diz estranhamento,

Mas quer dizer da porção,


Relação de espaço-tempo

Ganhado pela ilusão

De que se sabe do tempo

E o tempo é a contradição. 

 

 

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Essência

Essência


Restaurar

Pela arte,

Esta parte


Que a se doar

Se reparte

À la carte


Num jejuar,

E sobra arte.




 

domingo, 3 de agosto de 2025

Tempo de Domingo

Tempo de Domingo


Lá vem o tempo

De começar;

De novo, o tempo


E o pensamento

De em Deus confiar

Todo o momento,


É Dele o tempo

E o caminhar. 

sábado, 2 de agosto de 2025

Melhor do Estômago Apesar das Águias de Estimação / Minicrônica

 Melhor do Estômago Apesar das Águias de Estimação / Minicrônica



     Estava eu saindo de casa durante a semana, quando observo este animal comendo alguma coisa e resolvi tirar uma foto.

     Caminho mais um pouco e desvio um pombo morto no chão.

     Comecei a me perguntar se estava num filme do canal geográfico sobre a natureza, pois acabara de ver a ave se alimentando de um pombo cujos restos ainda estavam na calçada.

     Pergunto daqui e dali e descubro que são duas dessas aves que visitam o telhado do edifício de vez em quando.

     O meu estômago está melhor, mas naquele momento ele não ficou satisfeito.

     Chamei a águia de animal por matar e comer um pombo sem timidez.

     Pelo menos ela parecia aborrecida após a refeição.

     É a natureza das coisas em contraponto a humanidade.

     O ser humano cozinharia, concordam?

     Grata pela leitura. 

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Excentricidade

Excentricidade


Nesse fazer, mania

De não parar o dia

Até quando cansar,


Metrônomo que pia

O som da companhia

Nos ouvidos do lar


E faz a correria,

E a pausa a melhorar.