Um Pouco Longe
Os truques dessa festa
E os sons que são distantes
Da turma jovem, festa
No estádio e altofalantes
Permitem-me a modéstia
Como nunca houve dantes
De não saber aresta
Dos sucessos saltantes
Em aplausos sem sestas,
Que os mostra exultantes
Nas canções das serestas;
Felizes elegantes.
Ideias Sugestivas
A fazer aparece
Do nada, delicado
Nesse seu acontecer,
Que incessante apetece
E tem sabor dourado
Esse fazer, evanesce
O pensamento e o tece
O tempo que agradece.
Intelectualidade
Intelectualidade,
Longe de opção ou vaidade
É obrigação de ser,
E um curioso afazer
Sem limite de idade
É a literalidade
De se desconhecer
Através do não ser
Nessa ficção à vontade,
Esfeira da deidade
Do tempo a se esconder
No tempo de outro ser.
Automática
Trilha sonora,
Essa vontade
Que não tem hora,
Ontem e agora
Essa vontade
Se faz senhora,
Despertadora
Soniridade.
Influência Poética
Para o poeta, varanda é saudade,
Seu paradigma de contemplação,
E nela ausenta-se outra realidade,
A circuntância e a movimentação
Alegre e triste numa liberdade
De pensamento, sua reflexão
Em plenitude e possibilidade
Nesse perfeito instante de inação,
Onde a sua alma se faz literal
Na intimidade cordial, natural
De se querer e ser na percepção
Sua atitude no seu dia a dia real,
Expeimento dito sensorial
Quando passível de realização.
Modulação
Essa brisa
Sintoniza
Um som do ar,
E tmprovisa;
Desavisa
Por cantar
Imprecisa
Sol e mar.
Brisa
Momento desligado
Ao mormaço abrandado,
E da janela, essa brisa
De um noturno folheado
Que dança balanceado,
Sem plateia, mas na frisa
De um teatro arejado
Que ao tempo se reprisa.
Orelhas de Página
Descomplicada
E decifrada
A minha pauta;
A caminhada
É lenta, pausada
E faz-me falta
Impressionada
De mim, e exausta.
Outra História
Ponderação,
Jeito de ser ,
Conjugação
De sim e não
Ao verbo ser
Por projeção,
Filme de ação
Por bem querer.
Ao Lusco-Fusco
Essa luz alternativa
Lusco-fusco dessa tela
Que espera como conviva
O poema que encastela
Aquela ideia dispersiva
E distante e sem cancela,
Por versar superlativa
A simples flor-de-macela
Ideal, não repetitiva
E sem excesso ou cautela,
Mas cordata e não cativa,
Vaso enfeitado à janela
Ao qual venha apositiva
Nesse tempo sem flanela,
Numa ficção relativa
De franqueza mui singela.
Pensamento Flutuante
Reflexão
Hoje não,
Nebulosa
Da estação,
Versação
Nessa prosa,
Vagueação
Espaçosa.
Corrida
Cadê o tempo
Da vontade,
Se é vaidade
Desse tempo
Ter vontade,
Se é metade
Pensamento;
Corre o tempo.
Imaginação
O sono pega
E vem suave,
Imagina e leva
Ao dia que espera,
Lúcido e grave
Não deixa névoa,
E dorme pedra
E acorda e enleva.
Dia-a-Dia
Desperdício,
Tecnologia
Quando artifício,
E já difícil
Quando inicia
Em rebuliço
Nesse exercício
Do seu dia-a-dia.
Fenômenos da Alma
Quando o inconsciente diz
Nenhum silêncio o impede
O que diz, porque diz,
Eis que rabisca a giz
Porque a si se concede,
Obrigar-se ao que quis,
E do tempo é aprendiz
Da morada que é sede.
Nascente
Refletir,
Imersão
De um sentir
Por construir
A ideação
Até o fluir,
E ir e vir,
Ser canção.
Espaço
O espaço é igual
Modificado,
Mas especial
Na cor normal
Ensolarado,
Porque é espacial,
Sem chuva, igual,
Muito viajado.
Riso Fosco
Parafuso
Vem com rosca,
Meio confuso
Algo obtuso
Chave tosca;
Palavra é uso,
Tem seu fuso,
E hoje fosca.
Totalmente
Assim que der tempo
E o que é inexistente
Na teórica mente;
E este pensamento
Muito conveniente
Quando está é presente
De Deus, contra o tempo,
E a favor da gente.
Depende do Dia
Experimentação
E um copo d'água à mão,
Suor indescritível
Para o melhor possível,
E velhice é uma invenção,
Mas com toda a criação
Esse tempo é factível
Na versação legível
Nas letras da canção
Numa composição
Atemporal e crível
A um momento cabível.
Pitoresco
Pitoresco passeio
É o livro de recreio,
Bom para descansar,
E com vagar viajar
Seguindo esse roteiro;
É o autor alvissareiro
Ou bem sabe contar
Um petisco a provar
Num possível recheio,
A se obter sem receio
E, se quiser, parar
E pensar em viajar.
Janela do Ser
Se a verdade
Vem suave,
Acontece
De ser ave,
E voa, ave
Que enaltece
A vontade,
Aparece.
Online
O cansaço
Fez-se igual
Nesse passo
Que é virtual
De um compasso
Desigua.,
Se descalço,
Faz-se irreal.
Nó sem laço
Em ritual
Meio escasso,
Comercial.
Manhã
Esse tempo que falta,
Faz pensar nesse tempo
Que não é divertimento
E mesmo assim faz falta
Tudo que o tempo esmalta
Devagar o momento
E deixa o pensamento
Que seja essa ribalta
Onde o seu sol e a lua alta
Encontrem manhã e vento
Longe ao céu pardacento,
Bonito ao seu internauta.
Mecanicismo
Meio circular
E o motor roda,
Perfeita bola
Sempre a girar,
E pouca é a roda
Que a correia enrola,
Mas é a ligar
Mais de uma argola.
Sono Leve
Vem devagar
O sono leve,
Faz divagar
O tempo e o luar
Nesse frio breve
De aconchegar,
Vem descansar
Do dia que escreve.
Brincar D'água
Água dá volta,
Água se solta
Escorregada,
Cascata envolta
Em névoa touta
Que vem molhada
E seca e volta
Abrilhantada.
Natureza do Espaço
Em meio à chuva, o aoitecer
Que antecedeu o entardecer,
E o eclipse do sol velado
Pelo tom acizentado,
Estranho esse entardecer
Depois da noite o esconder
Enquanto o sol é apagado
E escondido meio que anelado;
E o dia foi ao se parecer
A noite de um não querer,
Logo depois de almoçado
Ter o dia ao sol achatado.
Ventos
Sonoros ruídos
Que correm fluídos
E fazem calar
Os comuns sentidos
Que vem dos ouvidos
Sem pestanejar;
Porque aturdidos,
Precisam pensar.
E
