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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Ah, Não / Crônica de Supermercado

Ah, Não / Crônica de Supermercado

     Ouvir a música I Wnant You Break Free enquanto comprava os pães foi demais.
     Eu tenho roupas coloridas. Bastou-me a lojista advertir que usar roupa na cor vermelha era constrangedor. Pronto, comprei rosa.
     Hoje, me sentindo até mesmo bonita, vou ao supermercado e um jovem gay chora, magoado e com raiva.
     Do que? Pergunto eu.
     A cor da minha roupa não deveria ofender ninguém. Para dizer o fato até mesmo gostei da polêmica das cores para usar todas elas.
     É bem verdade que fiquei ruborizada por vestir rosa,  porque é vergonhoso que coloquem símbolos, signos e segundas intenções em tudo.
     Na saída, encontrei com uma mãe vestindo trajes longos e burka. Respeito.
     É o respeito pelo gosto e vontade dos outros que têm que ser respeitados.
     A cor da roupa não deveria ofender ninguém.
     Ou, pior, antes que outro se magoe por me vestir de rosa do que eu receber insultos por usar alguma peça vermelha.
     O que se vê é a falta de capacidade de enxergar no outro um ser humano.
     Não foi o que cantou o que derramou uma lágrima de mágoa.
     Aproveito para dizer aos leitores que usem a roupa que quiserem, senão, daqui a pouco, o único a usar rosa e saias longas pretas será...
     Misericórdia!
     Ah, grata pela leitura dessa cônica que é mais um desabafo. 

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