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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Era do Artificialismo / Crônica do Cotidiano

Era do Artificialismo / Crônica do Cotidiano

     Penso que a melhor denominação para esse séc.XXI é Era do Artificialismo, é a inteligência artificial comandando as relações interpessoais.
     Essa inteligência é útil para nos localizar, facilitar idas e vindas de e para qualquer lugar e dizer a que estamos nessa fase de vida para conhecidos e desconhecidos que pesquisam as atividades na internet.
     O problema é que essa artificialização das relações humanas nos robotiza e cria problemas, os quais são dignos de serem considerados.
     As relações interpessoais são, ou melhor, eram feitas com base nos momentos intelectuais e/ou emocionais dos indivíduos.
     Essa tal certa idade madura é testemunha disso.
     Há alguns anos as escolhas eram entre o que interessava ou não interessava, ou mesmo levava em conta as emoções nessas escolhas, pois não assistíamos nenhuma obra cultural se a achássemos aborrecida.
     De fato, muitas vezes não conhecemos as pessoas com as quais interagimos, o Google plus que o diga. Ficamos conhecidos por textos que não dizem contextos e, quando publicamos contextos, sentimos a privacidade intoleravelmente invadida.
     Por outro lado, se nada dizemos a nosso respeito, somos desconhecidos, mas por quem? Por quem quer que interajamos pela internet, e contemos de nós.
     As sintonias mentais vão continuar acontecendo, queira ou não queira a inteligência artificial, que chega a tal ponto de considerar um absurdo as tais sintonias mentais.
     É preciso dizer que, mesmo que a inteligência artificial seja útil em campo como o da ciência, ela pode ser devastadora nos campos das relações interpessoais.
     A inteligência artificial pode simplesmente travar a inteligência pessoal pelo cansaço de, a cada postagem, travar uma batalha contra os piratas da rede.
     As interferências por aqui são muito maiores do que na vida real, onde quando surge o cansaço, liga-se alguma música ou lê-se um livro ou se vai ao cinema pela televisão.
     Na vida real, sim, as escolhas tinham menos interferências antes da inteligência artificial. Hoje, quando um se desconecta da rede, outros dois ao lado estão colados com ela, mas mesmo assim fica uma "pseudo-inteligência humana" a menos na rede.
     A cada postagem se fortalece essa inteligência, que, pensando bem, é burra.
     Essa inteligência não tem as nossas falhas, ela conta com o que positivamente funciona e prevê até mesmo os resultados de cada postagem na sequência das publicações.
     Prevê e erra porque pode ser que haja um imprevisto e a luz seja interrompida por alguns minutos na sua casa, você contata a companhia que fornece energia elétrica e a conversa sobre a falta de luz te impulsione para outro tipo de texto, o que é raro de acontecer, a inteligência artificial não erra.
     Sob o ponto de vista humano, a sintonia mental ocorre quando a situação é derivada de um ambiente virtual estressante e quando a vida real é feita pela inteligência artificial independente da vontade pessoal.
     Já a sintonia emocional ocorre quando meia dúzia de pessoas decide ao mesmo tempo usar de cortesia e gentileza para com os demais, de forma sincera.
     Sem ser pessimista, esse excesso de inteligência artificial com a qual o mundo se depara no dia a dia, pode ocasionar duas reações prováveis: a primeira consequência será a robotização do ser humano, que daqui a alguns anos será denominado pela ciência como: 'Homo sapiens robot" , e a segunda consequência será a descoberta interior desse ser humano que é humano, o que se revelará de forma espontânea em meio a qualquer circunstância, o que pode ser desastroso para o próprio ser humano.
     No momento, ninguém presta atenção a essa advertência, mas chegará o dia em que poderá haver um debate entre a inteligência artificial e a razão e a emoção, mas quem vence é a natureza.
     É a convivência real que proporciona esse tipo de texto, e isto é de suma importância.  
             

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