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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 24 de maio de 2018

Na Ponta do Lápis / Comentário


Na Ponta do Lápis / Comentário

     Hoje, especialmente com um comentário, porque fui ao supermercado e sei das dificuldades encontradas pelos comerciantes e consumidores.
     Na entrada do supermercado, o garagista diz:
     _Boas compras e por favor, muita paciência.
     O assunto é a greve dos caminhoneiros, as reivindicações e, de esquina em esquina, as filas nos postos de combustíveis.
     Fui à pesquisa de internauta: os caminhões mais baratos à venda no país custam em torno de R$170.000,00 - cento e setenta mil reais - os novos.
     Um caminhão custa o preço de um apartamento padrão, dependendo da localização do mesmo.
     Alguns caminhoneiros são os donos dos caminhões, mas a grande maioria dos caminhoneiros são motoristas contratados, com prazo para entregar os produtos e uma série de exigências de trânsito a cumprir.
     Em geral, os caminhoneiros são solidários com os automóveis. Ainda no mês passado, num congestionamento, um caminhoneiro desceu do caminhão para apoiar um motorista responsável e cansado que viu com desgosto um acidente numa rodovia. Essa história fica para outro dia.
     O problema está com as transportadoras que possuem vários caminhões e estão com dificuldades para manter os negócios.
     Tenho muitos conhecidos a essa altura da idade e sei que são pessoas valorosas. Tive a oportunidade de ler um desabafo de um desses conhecidos através do LINKED IN. Li e entendi as reclamações e as esperanças de que os negócios poderiam melhorar através de algumas medidas estruturais específicas. Não copiei o artigo, o que é uma pena, pois tudo estaria mais fácil agora, nessa hora em que quero comentar a situação cotidiana.
     Aliás, é queixa minha que não se tenha acesso a esses sites mais, não sei o motivo, mas o acesso agora é somente entre os participantes. Chamo a isso de diálogos cerceados em nome de um moderador de redes sociais.
     Nesse ponto, deve-se um elogio ao Google, porque sou lida por quem queira, permitindo que desconhecidos tenham acesso ao que escrevo.
     Por que motivo, no entanto, há mais ou menos dois anos atrás, não foi elaborado um projeto de lei que atendesse a categoria?
     Qual é a vantagem de, num ano eleitoral, fazer o país regredir?Sim, regredir. Porque desde o tempo do governo do presidente Sarney não se ouvia falar em desabastecimento, e desde os anos 80 que os aumentos do preço dos combustíveis não provocavam filas nos postos de combustíveis.
     O protesto merece ser considerado, mas não agora, e sim desde o tempo em que se procurava solucionar o problema, ou seja, dois anos atrás.
     A famosa "pergunta que não quer calar" é "a quem esse tipo de acontecimento pode interessar"?
     Temos superados crises, algumas nos últimos anos.
     Por favor, é hora dos senhores congressistas verificarem as dificuldades dessa categoria e apresentarem um projeto de lei ao Congresso Nacional, afinal essa é a função deles.
     Talvez a solução seja plausível, porque nem sempre o que se busca se apresenta como solução de um problema e é preciso auxílio de quem realmente possa fazer alguma coisa.
     O importante é negociar, é permitir o diálogo.
     Esse modismo de que tudo se resolve com protesto é só modismo.
     O que resolve um problema é um lápis e na ponta do lápis pode se chegar a um consenso.

     Obs. se eu tivesse copiado e colado o texto responsável e culto há dois anos atrás, esse texto seria diferente. Os sites específicos devem manter uma revista de acesso ao público, senão, para que internet? A privacidade deve ser respeitada, mas os textos pessoais e públicos bem podem ficar ao alcance dos leitores. O nome disso é auto-sabotagem, porque a situação descrita poderia ser prevista e ajustada sem a necessidade de se fechar estradas por todo país.
     
      

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