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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Resolução de Ano Novo - Estante

Resolução de Ano Novo = Estante

     O espaço dos livros precisa ser avaliado, a leitura, não. Começo a pensar nas leituras do ano que vem, tendo em vista que as músicas escolhem o seu tempo e não preciso me preocupar com o que vou tocar.
     Aquilo que não posso mais, descarto dos planos e a cronologia do tempo avisa vagarosamente do que não farei por não poder fazer.
     O problema é a estante porque não terei espaço para colocar uma segunda estante e já sugeriram uma estante que suba até o forro do telhado com uma escada de madeira envernizada e dobrável. Talvez daqui a alguns anos, caso a leitura continue no ritmo atual.
     E, mesmo que eu fizesse a tal estante, não poderia deixar lá o meu baú organizador de partituras. O ideal é deixar uma cômoda com organizadores alfabéticos dentro, catalogando tudo. Outra ideia é jogar fora todas as partituras e manter um arquivo digital de música. Mas isso é para gente nova. As edições e uma série de detalhes anotados iriam fora. Gente da minha idade não faz isso.
     Este ano escrevi menos, o que me fez ter mais carinho com os blogs. Escrevo para me ler e me é aprazível rever alguns momentos escritos em plataforma digital. Se o blog está na web, ele é uma confiável fonte sobre esses momentos metaforizados. Quando passa o tempo, a gente se pergunta por quê escreveu isto ou aquilo e a resposta é fundamental, porque vem de dentro da alma.
     O blog é uma plataforma aberta aos visitantes, uma exposição melhor que qualquer outra rede social porque nos deletamos sem pensar. 
     De tudo o que está escrito para que eu me leia ao final do ano que vem, que anotar dois problemas.
     O primeiro, que parece ser de menor importância, é bastante importante. Não consigo mais usar o mouse (rato) do computador confortavelmente e sei que se trata de L.E.R - lesão de esforço repetitivo.  Não sei se existe, mas se existir quero saber, pois seria muito conveniente um teclado para computador de mesa com o mouse (rato) acoplado como são os teclados dos notebooks, deslizantes. A tensão, ao clicar o mouse repetidamente para acompanhar o que está na web ajuda a lesionar a mão. Para não prejudicar a música, quase abandonei o computador de mesa, o que acontecerá mais dia, menos dia.
     O segundo têm solução. Alongamento dos tendões, coisa que se aprende na escola para que se possa tocar o instrumento musical e manter a flexibilidade. Em qualquer canto se pratica o alongamento e por enquanto está dando certo.
     Agora, reflito sobre o motivo de comprar tantos livros. É a linguagem. A forma de expressar pensamentos muda com o tempo.
     Reflito igualmente sobre as edições musicais. Todas as edições são válidas, mas a gente escolhe a edição que quer experimentar.
     Este ano que pareceu muito tranquilo em matéria de leitura, porque foi o ano em que li a Bíblia inteira, foi também um ano de análise das edições. Com três edições às minhas mãos, escolhi uma edição que tivesse uma linguagem adequada à interpretação conveniente. A história é a mesma, imutável, mas a linguagem a ser lida é diferente. Descartei a leitura da Bíblia escrita com palavras coloquiais. Fiquei com uma edição intermediária que passeia entre a linguagem clássica antiga e a linguagem social. Comparei as linguagens dos mesmos textos e observei as edições.
     Fiquei com a impressão de que, com os livros comuns, pode se dar a mesma mensagem diferenciada quando a leitura é feita através das edições diferentes.
     O ano que se iniciará na semana que vem virá acompanhado das leituras comuns e ando observando as edições.
     A música existe para deixar o dia a dia melhor e basta começar, para não mais parar, é uma necessidade não minha, mas de toda pessoa.
     Feita a retrospectiva do ano 2016, falta pensar na estante, no espaço para a estante e continuar a ler livros impressos em papel, mania minha.     

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