Rio de Janeiro

Rio de Janeiro

http://frasesemcompromisso.blogs.sapo.pt/

O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sábado, 31 de dezembro de 2016

Boas Entradas

Boas Entradas

Que as entradas
Sejam paz.
Bem calçadas,

Caminhadas
Com fé aliás;
Confortadas

E abençoadas.

Deus é mais. 

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Meridianos

Meridianos

O dia tem planos,
Simplificado;
Mudam-se os anos
Ao combinado.

São os quotidianos
Ao bem pensado
Em tantos pianos
De som dourado,

Que os meridianos
Ficam de lado.
São os sons ciganos,
Mas Deus é ao lado.




quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Escada Rolante / Crônica do Cotidiano

Escada Rolante / Crônica do Cotidiano

     Aproveitei a cidade meio vazia e fui passear num Shopping Center. Peguei a escada rolante e à minha frente estavam mãe e filha, com a mãe segurando a pequena pelas mãos.
     A menina, de mãos dadas com a mãe sugere à mãe que ela está com a doença da vovó.
     A mãe ficou cismada com a observação e perguntou qual era a doença da vovó.
     _Mamãe, eu não lembro de nada recente.
     Essa era a doença da avó da mãe da menina e não da avó da menina.
     Ah! a mãe suspirou e perguntou à menina o que é que ela tinha esquecido dessa memória recente.
     _Mamãe, eu esqueci do Natal e da alegria que senti ao receber os presentes que o Papai Noel trouxe para mim.
     A mãe levou à sério a questão e perguntou à filha o que é que ela tinha comido antes de vir ao Shopping.
     _Iogurte de morango.
     A mãe, preocupada perguntou em que ano escolar a pequena estava.
     _Mamãe, essa é fácil. Estou no segundo ano do fundamental.
     A mãe disse à filha, incisiva:
     _Você percebe como você está se lembrando de tudo e direitinho?
     A pequena contestou:
     _Não, mamãe. Eu não estou sentindo a alegria que senti no Natal e até olho alguns brinquedos com curiosidade de brincar.
     A mãe disse que a menina não tinha doença nenhuma de memória.
     _Mãe, agora que eu esqueci que ganhei presentes no Natal, estou com receio que não conseguirei aprender nada na escola, eu esquecerei o que aprender.
     A mãe mandou a filha recitar a tabuada do número dois até dois vezes cinco.
     A menina recitou.
     _Viu como a tabuada ainda está na sua cabeça?
     A menina se conformou e disse que até que a situação dela não era tão ruim como a da vovó.
     A mãe respondeu:
     _Bisavó!
     A essa altura a escada rolante estava terminando e era melhor pensar na saída.
     A mãe e a filha saíram antes e a mãe estava chocada com a filha.
     De qualquer maneira, a menina está sensibilizada com a bisavó e o Natal teria sido melhor se a bisavó da menina estivesse com saúde.
     Eu providenciei um novo cd para o Ano Novo, é a música essa prioridade momentânea.
     Deus cuide de todos os que precisam, essa é a prece cotidiana. 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Resolução de Ano Novo - Estante

Resolução de Ano Novo = Estante

     O espaço dos livros precisa ser avaliado, a leitura, não. Começo a pensar nas leituras do ano que vem, tendo em vista que as músicas escolhem o seu tempo e não preciso me preocupar com o que vou tocar.
     Aquilo que não posso mais, descarto dos planos e a cronologia do tempo avisa vagarosamente do que não farei por não poder fazer.
     O problema é a estante porque não terei espaço para colocar uma segunda estante e já sugeriram uma estante que suba até o forro do telhado com uma escada de madeira envernizada e dobrável. Talvez daqui a alguns anos, caso a leitura continue no ritmo atual.
     E, mesmo que eu fizesse a tal estante, não poderia deixar lá o meu baú organizador de partituras. O ideal é deixar uma cômoda com organizadores alfabéticos dentro, catalogando tudo. Outra ideia é jogar fora todas as partituras e manter um arquivo digital de música. Mas isso é para gente nova. As edições e uma série de detalhes anotados iriam fora. Gente da minha idade não faz isso.
     Este ano escrevi menos, o que me fez ter mais carinho com os blogs. Escrevo para me ler e me é aprazível rever alguns momentos escritos em plataforma digital. Se o blog está na web, ele é uma confiável fonte sobre esses momentos metaforizados. Quando passa o tempo, a gente se pergunta por quê escreveu isto ou aquilo e a resposta é fundamental, porque vem de dentro da alma.
     O blog é uma plataforma aberta aos visitantes, uma exposição melhor que qualquer outra rede social porque nos deletamos sem pensar. 
     De tudo o que está escrito para que eu me leia ao final do ano que vem, que anotar dois problemas.
     O primeiro, que parece ser de menor importância, é bastante importante. Não consigo mais usar o mouse (rato) do computador confortavelmente e sei que se trata de L.E.R - lesão de esforço repetitivo.  Não sei se existe, mas se existir quero saber, pois seria muito conveniente um teclado para computador de mesa com o mouse (rato) acoplado como são os teclados dos notebooks, deslizantes. A tensão, ao clicar o mouse repetidamente para acompanhar o que está na web ajuda a lesionar a mão. Para não prejudicar a música, quase abandonei o computador de mesa, o que acontecerá mais dia, menos dia.
     O segundo têm solução. Alongamento dos tendões, coisa que se aprende na escola para que se possa tocar o instrumento musical e manter a flexibilidade. Em qualquer canto se pratica o alongamento e por enquanto está dando certo.
     Agora, reflito sobre o motivo de comprar tantos livros. É a linguagem. A forma de expressar pensamentos muda com o tempo.
     Reflito igualmente sobre as edições musicais. Todas as edições são válidas, mas a gente escolhe a edição que quer experimentar.
     Este ano que pareceu muito tranquilo em matéria de leitura, porque foi o ano em que li a Bíblia inteira, foi também um ano de análise das edições. Com três edições às minhas mãos, escolhi uma edição que tivesse uma linguagem adequada à interpretação conveniente. A história é a mesma, imutável, mas a linguagem a ser lida é diferente. Descartei a leitura da Bíblia escrita com palavras coloquiais. Fiquei com uma edição intermediária que passeia entre a linguagem clássica antiga e a linguagem social. Comparei as linguagens dos mesmos textos e observei as edições.
     Fiquei com a impressão de que, com os livros comuns, pode se dar a mesma mensagem diferenciada quando a leitura é feita através das edições diferentes.
     O ano que se iniciará na semana que vem virá acompanhado das leituras comuns e ando observando as edições.
     A música existe para deixar o dia a dia melhor e basta começar, para não mais parar, é uma necessidade não minha, mas de toda pessoa.
     Feita a retrospectiva do ano 2016, falta pensar na estante, no espaço para a estante e continuar a ler livros impressos em papel, mania minha.     

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Cuidados e Frases feitas


Cuidados e Frases Feitas

O filme o é enquanto fuga,
Ninguém é o Super-Homem
E quer-se ao que se iluda
E o homem é o lobo do homem.

Efeito é o que não enruga,
Pipocas que se comem
Em muito sal sem chuva;
Refrescos nos consomem.

O eu não se centrifuga,
Não vê aos que apenas dormem
Ao imenso sol sem blusa;
Que os filmes nos adornem.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Bênção

Bênção

Aprender,
Praticar,
Entender.

Surpreender,
Abençoar,
Perceber

Sem querer

Crer é amar.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Luz Grão de Areia

Luz Grão de Areia

Momento é sintonia
Com o que nos rodeia,
Energia perceptiva
Que à alma, desencadeia.

Sem óbvia perspectiva
Ao que o piano floreia,
É uma ideia positiva
Da árvore que sombreia

E refresca, intuitiva;
Não diz essa clareira
Da canção que é sabida;
Canta a luz grão de areia.



Musical de Natal


sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

Um Musical de Natal


FELIZ NATAL

     Termino exatamente no Dia de Natal a leitura bíblica, guiada pelo livro Bom Dia Amigo, sobre o qual postei algumas vezes neste blog.
     
     A última página da agenda de leitura da Bíblia termina com um poema e é com este sentimento, o sentimento de gratidão, que eu copio o poema da última página do livro, desejando um Feliz Natal, um verdadeiro Feliz Natal, o que significa que não importam as dificuldades, os desafios, as doenças e até mesmo, as dores dentárias, procuramos manter-nos em orações, porque as orações são a comunicação com Deus e, por meio do Seu Filho, Jesus Cristo, a conversa particular com Ele se estabelece e Ele nos guia por todos os caminhos bons.

     Vamos ao poema do livro Bom Dia Amigo, da Igreja Batista de Itacuruçá, Rio de Janeiro:


A Rima da Gratidão

Agradecer não rima com reter,
Verbo que conta as histórias das vidas,
Porque acumular coisas é delas depender.

Agradecer rima com reconhecer:
O que recebemos abriu avenidas,
Folhas onde nossas vidas vamos escrever.

Agradecer é para quando conseguimos esquecer,
Esquecer ofensas que nos foram dirigidas
E são capazes de nos fazer morrer.

Agradecer é tomar a iniciativa de oferecer,
Oferecer coisas por nós tão queridas
E também pelos que estão delas a carecer.

Agradecer é simplesmente bendizer
Por todas as palavras e coisas recebidas
Como forma de tanto afeto um pouco devolver.

Agradecer é o gesto santo a fazer
Diante das palavras de Deus proferidas
Para nos ensinar as mãos ao outro estender.  

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Luz de Cabeceira


Alvíssaras


Neste Natal, que a esperança

Seja vista por inteira,

Em Jesus Cristo a bonança

De toda paz verdadeira.



Graças à Deus, essa criança,

Trouxe a salvação primeira,

Além do que a razão alcança;

Fruto da eterna videira.



Pureza suave e mansa

Que percorre a terra inteira,

Muito mais que uma lembrança,

É essa luz de cabeceira. 

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Sinos


Sinos

As canções anunciam

Que vem o Salvador,

Às ruas se desfilam

Em suave louvor.



São as luzes que se viam,

E que agora são amor

Ao menino que as guiam,

E adoram ao Senhor.



À todos maravilham

Os sinos ao esplendor,

Esperanças cogitam

A paz ao seu redor.  






terça-feira, 20 de dezembro de 2016

O Pêndulo

O Pêndulo

O pêndulo da Terra
É a esférica quimera
Sempre em manutenção.

Humano, flor e fera,
Num compasso de espera,
Caminham de chão em chão,

Mas o que se pondera,

É o que há numa oração.


Obs. Se, um pêndulo capta o movimento da Terra pela energia magnética, a oração é uma energia.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Bala de Hortelã


Bala de Hortelã

Refresca-me essa hortelã,
Verão e casaco de lã,
Exagero que varia


Até depois de amanhã,
Onde há calor de manhã
É o tempo que se anuncia.


Essa bala de hortelã

É do tempo em que chovia.

domingo, 18 de dezembro de 2016

Descuido

Descuido

Sinta o calor,
Tire o casaco;
Tome gelado.

Janela ao suor,
Vento resfriado;
Condicionado.

Zomba do amor

Quem é descuidado.

sábado, 17 de dezembro de 2016

Tradução ou Interpretação?

Tradução ou Interpretação?
     Onde estive é que não o direi para que a palestra que cabe em todos os cantos do mundo não se perca em localizações não tão óbvias quanto parece.
     Neste passeio, o primeiro ponto de parada foi numa pequena praça, com pouco estacionamento, com casas e ruas pequenas, numa parada estratégica para que, nós, os turistas comprassem água, biscoito e, com lanchonete com banheiros para turistas. Era uma vila bem conservada.
     Antes de entrarmos no micro-ônibus, o guia fez uma palestra explicativa do lugar.
     1 – “Observem esta vila de casas pequenas e olhem daqui a mil metros, onde está a marina e os iates. Daqui não se veem igrejas ou policiais. Mesmo a mil metros podemos observar as embarcações de luxo, milionárias. São os empresários do mar, os nossos respeitados tubarões. A água do mar é limpa e devemos toda essa limpeza aos ecologistas. Ampliemos essa imagem, pois nada é construído sem que os ecologistas impeçam que a construção altere o meio ambiente, parte da nossa política governamental. Os “tubarões” querem construir em todos os lugares e se aliam aos ecologistas para que a permissão para as construções obtenha a aprovação. O prefeito tem, entre os seus comandados, políticos especializados em ecologia, ou seja, preservação e sustentabilidade local. A negociação entre os três grupos é permanente, mas é difícil conter o apetite dos tubarões”.
     2 – “Não vemos policiais por aqui, mas eles estão aqui. A polícia própria dos estados faz a ronda em carros próprios e contém a criminalidade corriqueira. Mas nós precisamos de polícia marítima e esses são policiais especializados; eles atuam ali, entre os iates e não os vemos porque eles, os policiais são também proprietários de iates e embarcações luxuosas. Esses policiais têm permissão para atuarem nas atividades empresariais e não me perguntem como é que eles fazem, mas eles cumprem com exatidão as funções de polícia e mantém os seus negócios no ramo marinho. Seria impossível para o estado manter essas embarcações de luxo, mas eles, os policiais marinhos, são fiscalizados e, têm que combater o crime”.
     3 – Observem onde estamos de novo. Estamos em uma antiga vila de pescadores. Com tubarões, iates, polícia milionária, vocês podem perguntar qual o sentido de manter esse vilarejo aqui. Eu conto: esse vilarejo é a nossa história, são as casas antigas dos primeiros moradores. Algumas casas já mudaram de proprietários, mas quem as compra, sabe que as possíveis melhorias não vão além de determinado limite, pois aqui nós, enquanto estado, queremos que fiquem como são e, por enquanto, mantemos inclusive a proteção dessas casas contra os ataques dos tubarões; eles têm a cidade deles, as quais vocês irão visitar a seguir.
     Seguiu o micro-ônibus para a cidade vizinha.
     Havia nessa cidade de pequeno porte uma miniatura europeia, com direito a córregos com gôndolas privativas deles, os proprietários das casas. Não havia mansões no lugar, eram casas de até quinhentos metros quadrados, exigência dos seus proprietários.
     “Eles querem levar uma vida de estilo europeu. À noite, quando é verão, eles conversam entre si através das gôndolas venezianas. Não gostam de visitas, festas e recepções e sai mais barato comprar uma mansão do que adquirir uma casa neste lugar. Quem compra aqui, têm que levar e manter este estilo de vida reservado e passear de gôndolas para conversar com os seus vizinhos. Como em qualquer outro lugar, essas casas também mudam de proprietários, mas os proprietários devem se adaptar ao estilo, ou, para melhor conviver, mudar de bairro, mesmo porque o córrego com as gôndolas são mantidos pelos proprietários e o custo de manter um córrego com gôndolas por particulares é caro e faz parte de um condomínio.”
     Segue o micro-ônibus para outra cidade litorânea.
     Um passageiro do ônibus observou que, excetuando essa cidade europeia, em todos os lugares havia espaço para fumantes.
     O guia respondeu ao comentário:
     “O cigarro e a bebida são drogas lícitas. As bebidas alcoólicas estão até mesmo em confeitarias, embora tenha a sua venda proibida para menores de dezoito anos. Os fumantes, uma vez que praticam o hábito de fumar, em si não transgridem a lei e nós, enquanto lei, mantemos o espaço deles. O problema dos malefícios do tabagismo é problema do departamento de saúde, mas não da lei. A lei tem que garantir o direito do cidadão, mesmo quando esse direito é o de consumir drogas lícitas em público. Há lugares com a placa de trânsito: Neste local é permitido fumar”.
     Comentário meu: E por falar em maus hábitos, nesse lugar há uma frase marcante: “Para jogar, paga-se”. E não é brincadeira. Todos conhecem aquelas máquinas onde se pescam bichos de pelúcia. Qualquer criança pode saber o que é, de fato, o jogo. Para “brincar” nessa pescaria é necessário colocar duas notas de um real para pegar a ficha para colocar na máquina e fazer a possível pescaria do bicho de pelúcia. A ficha vale um real e vinte e cinco centavos e vale uma tentativa de pescar o bicho de pelúcia. Isso é jogo: duas notas de um real, ficha de um real e vinte e cinco centavos e, os setenta e cinco centavos restantes ficam como crédito na ficha. É melhor perder os setenta e cinco centavos e não jogar fora nenhum centavo a mais. A máquina é permitida para crianças e as mães dão uma quantia para as crianças aprenderem a perder?
     Cheguei à conclusão de que, entre os maus hábitos, o fumante é o mais desrespeitado, perigosamente desrespeitado e a lei tem que garantir o direito da prática desse mau hábito. O departamento de saúde que continue a campanha antitabagista, mas a lei que garanta que esta seja cumprida.
     O micro-ônibus saiu em direção à cidade das mansões das celebridades e parou num Shopping Center para que os turistas tomassem um café. A humildade de algumas dessas celebridades chega a comover.
     “É tão bom ver pessoas normais, com uma vida normal, com um sorriso bom. Até me deu vontade de sentar e tomar um café com ela e perguntar o que ela acha de nós, celebridades. Nós vivemos encastelados e temos que levar essa vida de castelo, mas às vezes, a gente sente uma vontade imensa de sentarmos juntos a essas pessoas e tomarmos um café.”
     Essas celebridades cederam um espaço na areia da praia para tirarmos fotografias, enquanto, à distância, tiravam fotografias nossas, para compartilharem entre si, o que para elas é quase impossível.
     A cidade das mansões foi acolhedora, enquanto que a cidade europeia, foi diferenciada.
     Terminado o passeio, fica a narração, o guia, as cidades, a interação social, a lei, a saúde, uma enormidade de emoções.
     Valeu a leitura da Bíblia, porque fiquei tão entretida nela, que nada gastei durante o ano e ganhei um passeio. Foi Deus!
    
    
        
       



quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

O Presente


O Presente

A árvore iluminada
Diz a linda mensagem
Dessa mãe abençoada,
Jesus filho, a linguagem

Perfeita apresentada
Em modesta estalagem.
Sua mãe presenteada
Através da homenagem

A ele, ela foi louvada;
Nessa árvore, a linhagem,
A mãe de Deus amada,
Em meio à humilde paisagem.






terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Lar


Lar


Importa que seja lar,
Importa algum bem-estar,
Este é esperança também,


Possível de se alcançar;
Um e quem quiser ritmar,
O conjunto é mais alguém.


Num sofá a se descansar


Do dia, o que, ao tempo, convém.





segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Discotecário


Discotecário


Refaz-se o cenário,
Mudo é o relicário,
Planificações.


Vai-se até ao antiquário
Que é o documentário
Das composições.


Ao discotecário,


Todas as canções.







domingo, 11 de dezembro de 2016

Sabor de Anis


Sabor de Anis


Fazer o possível
Para ser feliz;
Nada é indescritível,
Quando a si bendiz.


Parece invisível
À questão do xis;
Diz-se previsível
E não diz, condiz.


Notável e crível,
Do sabor de anis
Diz-se compatível:
 Infâncias sutis.

sábado, 10 de dezembro de 2016

Comparação

Comparação


A água comparada ao ouro,
É uma desolação;
Chama-se de desdouro,


Porque não é bebedouro
Nessa transformação;
Consumido tesouro


De um futuro vindouro,


Para outra geração.

Salgadinho

Salgadinho


Caminho é caminho
Para se buscar,
Mas nada é sozinho.

O bem é vizinho,
É o outro a se pensar,
Letra que sublinho,

Nesse salgadinho

Meio a meio a se provar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Poesia ao Vento

Poesia ao Vento

Poesia é sentimento
E alguma paciência
Sem noção de tempo,
Mas com conveniência.

Como um passatempo
Sem tempo ou consciência.
Nesse pensamento
Insurge a aquiescência,

Inteira ao aposento
Da alma em excelência;
Num átimo ao cento;
Subjetiva é a anuência.


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Poema da Balconista

Poema da Balconista

É Natal, minha senhora,
Os preços estão mais altos,
A promoção é o bota-fora,
São as botas de saltos altos.

Se não quer, não gaste agora,
Mas serão presentes faltos;
Também a festa tem hora,
Data e modas e contraltos

Da canção que não demora.
Vem Noel sem sobressaltos
Anunciar a quem adora;
Singeleza dos asfaltos.


terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Afinidade

Afinidade

Conto canções,
Guardo lições
De afinidade

Das emoções;
Essas porções
De saciedade,

Dissertações

Muito à vontade.


segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

O Meu Melhor Natal


O Meu Melhor Natal
     Apresentado o Intermezzo opus 142 nº 2 de Schubert, o que se deu Há pouco tempo, lembrei-me do melhor Natal da minha vida, até hoje.
     Naquele tempo existiam radiola (móvel de madeira com toca-discos em três velocidades, a saber: 33, 45 e 78 rotações acrescida de rádio Am e som de alta fidelidade), vitrolas portáteis e, rádios movidos à pilha.
     A radiola era para os discos dos adultos e, para dizer de mim, naquela época eu não queria comprar discos. Eu pedi com insistência um rádio de pilha pequeno, portátil e colorido.
     O meu pai perguntou à minha mãe sobre o presente do menino, porque ele não havia pedido nada de Natal.
     A minha mãe disse a ele que escolhesse um presente de Natal.
     Fomos ao centro da cidade e eu pedi para ver os rádios de pilha. O meu pai e o meu irmão ficaram me observando.
     De repente, o meu irmão pediu um rádio de pilha.
     A minha mãe perguntou o motivo pelo qual ele havia se decidido a querer um rádio de pilha.
     _Questões de futebol entre eu e o pai.
     Ganhamos rádios de pilha coloridos.
     O primeiro jogo de futebol a seguir do Natal foi ouvido naquele rádio de pilha com os dois fazendo estardalhaço na sala.
     Eu ouvia música clássica num fone de ouvido de uma orelha só. O fone de ouvido era monocórdio, pois o som estereofônico veio tempos depois. Na hora em que ligavam a televisão eu estava com eles, mas com o fone de ouvido numa das orelhas.
     Foi o melhor Natal da nossa vida familiar, o mais feliz.
     Todos souberam na família.
     Depois, muito tempo depois, quando o som estereofônico já existia, uma parente, cuja semelhança comigo eram os cabelos, com uma idade que eu ainda não alcancei, e do nada e por nada, trouxe um rádio de pilha novo, mas guardado por anos a fio, pois ela nunca havia ligado o rádio pequeno, em tons de preto e mármore, e me deu de presente de aniversário.
     Fiquei emocionada e o pai e a mãe com as respectivas vozes embargadas, agradeceram e perguntaram por que tamanha gentileza para comigo.
     _Eu sei que ela gosta de rádios de pilha, mas eu não quero que ela perca a capacidade de ser feliz e fazer os outros felizes. Ela me fez feliz naquele Natal.
     Apesar de todas as dificuldades que as pessoas possam atravessar na existência, eu gostaria de dividir com vocês essa mensagem que ela deixou para a humanidade.
     Quanto ao rádio de pilha que ela me deu, eu ouvi canções até que um dia, o rádio se desmontou e não teve conserto. Depois dele é que comprei um pequeno rádio estereofônico.

     

domingo, 4 de dezembro de 2016

Reflexão / Leitura Bíblica

Reflexão / Leitura Bíblica
     Estou terminando a leitura da Bíblia. Faltam alguns dias, mas será uma releitura, pois são textos bastante conhecidos do Evangelho.
     Essa leitura, que não passou, conforme a agenda de leitura propôs, de uma conversa particular entre o leitor e Deus.
     Obviamente já me dispus a emprestar essa agenda a quem quiser cumprir este desafio de uma leitura diária até que a Bíblia inteira esteja concluída.
     Ainda hoje li em voz alta e compartilhei com familiares algumas ilações sobre o trecho lido.
     Sei que o ano seguinte será diferente, estarei mais ciente do amor de Deus para com toda a humanidade.
     Quanto à vida prática, dois fatos curiosos aconteceram. Curiosos e sérios, os quais conto sem nenhum problema, pois se há luz, que a coloquemos em cima da mesa.
     !- Sofri um efeito colateral de um remédio e, se eu não descobrisse que era efeito colateral, provavelmente eu iria ser hospitalizada.
     2- Fui picada por um bicho, numa localidade diferente da minha e, a farmacêutica, muito gentil, disse que era algo relativamente normal naquela região e me deu um gel de cânfora para passar no local e extrair o veneno. Ela deu o prazo de vinte e quatro horas e, em caso contrário, ela me indicaria o lugar adequado para o tratamento do veneno da picada do bicho. Eu não sei que bicho foi, mas o gel que sobrou está comigo.
     Não gosto de misturar coisas práticas com a Bíblia, mas o texto indicativo da agenda dizendo para pensar nas próprias atitudes. Assim fez lembrar o remédio que eu estava tomando e, em primeiro lugar fui atrás dos efeitos colaterais do remédio, para depois tomar outra atitude. O texto me influenciou e me ajudou muito. Essa é uma ilação que eu jamais tinha pensado antes: qual atitude minha poderia estar me fazendo mal, pergunta esta relacionada com uma medicação. Se ajudar alguém, as reações alérgicas aparecem de repente, mesmo depois de anos tomando a mesma medicação - no meu caso, oito anos.
     Quanto à mordida do bicho, provavelmente um aracnídeo, segundo a farmacêutica que viu o ferimento, nem preciso dizer que ser picada por bicho em terra que não é a da gente, dá um susto daqueles.
     No que tange ao lado espiritual, marcar o despertador para as seis da manhã para ler a Bíblia, durante o ano inteiro, foi uma experiência incrível. Tomar o café da manhã com a Bíblia me esperando na sala, para dizer coisas boas para a minha vida foi um presente. Nos dias frios, entre um capítulo e outro, eu peguei mais um pouco de café.     
     Quanto à leitura, começamos pelo começo, o livro do Gênesis, mas não terminamos no Apocalipse. O autor da agenda fez questão de terminar o livro num dos Evangelistas.
     O amor de Jesus Cristo é a ênfase.
     Não senti diferença no que tange ao cotidiano. Senti a diferença de me sentir bem por dentro todos os dias e com qualquer tempo. O que muda é a disposição para a vida, com as suas alegrias e dificuldades, coisas que todos têm.
     O ano inteiro eu falei no assunto, se não neste blog, em outro eu o disse em poucas palavras.
     Também não tem nada a ver com levar uma vida religiosa, não é esse o objetivo do livro. O objetivo do livro é levar ao leitor a possibilidade de trazer a Bíblia como livros lidos e, em parte, entendidos de maneira intuitiva.
     A agenda não recomenda nenhum livro de teologia, o que fica a critério do leitor, para quando estiver disposto a ler, o foco é única e exclusivamente a leitura bíblica por inteiro.
     A interpretação teológica está sob a responsabilidade dos religiosos, mas a leitura é livre aos fiéis.
     Provavelmente novas agendas estão à venda este ano e é um bom presente.
     A conversa particular com Deus continua mais uns dias e a resposta Dele são as reflexões que fazemos todos os dias após a leitura do texto indicado. Essas reflexões acabam por resultar em momentos práticos e fazem a melhora do pensamento, nesse mundo, por vezes confuso e com atribulações.
     Somos humanos, mas dentro de cada um de nós mora a partícula divina, chamada alma e esta é viva independentemente da condição mortal do ser humano, muito embora a vida, enquanto matéria seja valorizada ao máximo por Cristo, que faz o impossível para que todos vivam em carne e osso e saúde. Ele mesmo ressuscitou na forma material para valorizar a vida.
     Daqui em diante, conforme o assunto fica complexo, o assunto é para os teólogos.
     Grata pela leitura.   

     

sábado, 3 de dezembro de 2016

Cuidando do Sobrinho / Crônica de Supermercado

Cuidando do Sobrinho / Crônica de Supermercado

     Consegui uma crônica na fila do supermercado. A tia, com vinte e três anos de idade, moça bonita e delicada com o sobrinho, de oito anos de idade.
     Ele pediu a ela um pacote de balas, daqueles de duzentos gramas, com balas de goma com formatos diversos.
     Ela disse a ele que comprasse e ele ficou olhando o pacote de balas.
     _Engraçado que eu nunca vi na sua casa esse tipo de bala em nenhum pacote. Você pode comer essas balas?
     O menino disse que sim, pode comer dessas balas de goma.
     A tia, preocupada perguntou se ele já havia comida dessas balas antes de hoje.
     _Sim, titia. Já comi.
     A tia, desconfiada, perguntou onde é que ele tinha comido dessas balas.
     O menino baixou a cabeça, pensativo, para dar uma boa resposta para a tia. Pensou em voz decrescente a resposta “já comi”. Repetiu, murmurando a pergunta: onde, onde, onde. Achou a resposta, uma resposta com sonoridade semelhante à pergunta:
     _Sim, titia, eu comi ontem.
      Eu comecei a olhar para os lados para não rir.
     Ela percebeu que a resposta não era verdadeira e disse a ele:
     _Eu acho que eu não vou levar você ao Shopping porque você vai me pedir coisas e eu não vou gostar disso.
     O menino olhou para a tia e disse com toda a educação:
     _Titia, pode me levar ao Shopping que eu não vou pedir nada para você.
     Ela olhou séria para ele e perguntou se ele estava falando sério.
     Ele, meio sem jeito disse que sim, que estava falando sério.
     _Se é assim, está bem. Vamos ao Shopping.
     Ele pensou em voz alta novamente:
     _Eu consegui as balas, por que eu pediria mais alguma coisa?
     A tia olhou para o menino com seriedade e perguntou o que é que ele tinha dito.
     _Nada não, titã. Posso abrir o pacote de balas aqui?
     Ela disse a ele para abrir o pacote de balas depois que as balas passassem pelo caixa e fossem pagas.
     O menino respondeu que iria esperar na fila até que a tia fosse à caixa registradora. E esperou, a tia estava muito séria e ele não se arriscou a dizer mais nada.

     Eu não tenho nada a ver com isso, mas tenho a impressão que o assunto entre eles se estenderá por mais tempo.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Retrospectiva

Retrospectiva

É final de ano,
Revejo os passos,
Nos meus sapatos.

Terreno plano,
Caminhos vastos
E passeios gastos.

Se não me engano,

Passos cordatos.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Verbalização

Verbalização

Arejar
E distrair;
Descansar,

Ou, comprar,
Consumir,
Mudar de ar.

Mas, se doar,
Imprimir
E cantar,

Festejar
E sentir
E agraciar,

Presentear
Esse vir
Sem notar.