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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Questão de Negócios / Crônica do Cotidiano

Questão de Negócios / Crônica do Cotidiano

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Pensava num tema para a segunda-feira quando ouvi a pergunta, feita por uma conhecida:

_Você sabe qual profissional é confiável naquela empresa?

A pergunta foi excelente porque não se vai a nenhum estabelecimento onde se tenha que perguntar qual profissional trabalha bem.

A empresa tem que garantir um nível médio de atendimento satisfatório e sem reclamações.

Nas megalópoles, tais como Curitiba, não adianta muito perguntar. Adianta sim verificar as reclamações contra toda e qualquer empresa antes de fechar o negócio.

Por acaso, antes da pergunta, eu conversava com gente de alguma fila nesta cidade sobre o assunto.

_Como é que está funcionando o sistema de contratação de serviços e mão de obra?

A resposta foi ótima:

_Você entra na internet e acessa a lista de produtos e serviços que você precisa. Se não houver reclamações contra a empresa, você contrata. Se o serviço não for satisfatório, você reclama.

Parece que faz parte da ética esse comportamento das grandes cidades.

Acontece que o que pode funcionar muito bem para uma pessoa pode não funcionar para outra.

Não se pede mais indicações porque ninguém é garantia de ninguém quando o assunto envolve trabalho e serviços.

Como é que se pode indicar alguma empresa quando quem vai gastar é o outro? E se não funcionar para o outro?

Para viver bem numa cidade grande, novos comportamentos são adicionados.

Nas cidades de pequeno e médio porte talvez se encontre boas sugestões.

Poucos se conhecem ao ponto de garantir a qualidade do produto e serviço oferecido. Estamos distantes uns dos outros.

Não somos responsáveis pelos outros, a menos que peçam ajuda e essa ajuda fique sob nossa responsabilidade.

Hoje se pode dizer que Curitiba tem tudo o que uma pessoa possa querer menos aqueles costumes antigos de saber quem é o dono da panificadora ou da farmácia.

Eu voltei para casa me perguntando se não fui dura na resposta:

_Minha senhora, não vá aonde a senhora precisa saber o nome dos funcionários pelo nome e a qualidade de serviço de cada um. É trabalho! As afinidades necessárias não passam de competência técnica e são obrigatórias para que a empresa não abra falência.

Eu sei muito bem que a troca de ideias faz falta, mas até nisso cada um tem que se virar sozinho.

Nada como uma típica segunda-feira em Curitiba!

Um comentário:

Élys disse...

Uma croanica bem atual. Gostei de ler.Um abraço.