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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Ideias Convergentes/ Reflexão

Ideias Convergentes / Reflexão

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Quando se fala sobre a mesma em locais diferentes, é melhor refletir.

Eu não concordo com a linha de raciocínio na qual se diz que quem está ao lado do mais forte numa discussão, vence.

Vencer não é a palavra exata para o relacionamento humano. A palavra que deveria reger o relacionamento humano é o gostar através do respeito, da colaboração, da compreensão porque não se impõe coautoria num relacionamento.

Conversei algumas vezes sobre esse ponto de vista durante a semana, porque é uma atitude que não funciona dentro de casa.

O assunto surgiu numa banalidade e a troco de nada. Eu não concordei.

Porque fazer a vontade do mais forte em detrimento de um relacionamento leva a dissolução do relacionamento. Aliás, até forneci o “aviso prévio” para daqui a alguns meses por não concordar com tal modo de pensar.

Propuseram, exemplificando a situação, comprar os pães numa panificadora indicada por alguém que tem esse poder temporal, terreno, mesquinho, etc. e tal.

Esse é o tipo de poder a qual ninguém deveria se submeter aceitar que outra pessoa, com maior influência determine onde comprar os seus pães. Esses pães, em última análise, são para o lanche de quem as compra, não são parte do lanche de quem sugeriu a compra.

Agora, continuando o exemplo em suposições. Suponhamos que o chefe de uma empresa sugira que o empregado compre os seus pães na panificadora ao lado da empresa. O empregado compra os pães e os leva para casa. A esposa do empregado prefere os pães do supermercado (exemplo simples porque é onde compro os meus pães e faz parte da minha realidade) e se sente impedida de comprar os pães que ela prefere.

Esse é um poder que não pode ser aceito, vindo de onde vier. Ocorrem situações absurdas nesse sentido e, como se sabe, as sugestões acabam por se transformar em pressões e obrigações descabidas colocando todo e qualquer relacionamento em segundo plano,

Os relacionamentos não deveriam se submeter a esse tipo de questão proposta por quem não tem esse poder sobre as decisões pessoais.

No entanto, algumas pessoas aceitam essas sugestões pensando que é uma atitude passageira e que daqui a algum tempo ela volta a, no caso citado, comprar os pães onde gosta de comprar. Nesse momento ela não pensa que está comprando o pão que o diabo amassou, mas é o que faz. Não vale a pena comprar esse pão, não é bom.

E, o pior, é que sugestões desse tipo, surgem todos os dias nas vidas das pessoas. Não é convite para inauguração de loja de amigos, é uma sugestão impositiva.

Eu compro os meus pães no supermercado e, às vezes, experimento uma ou outra panificadora conforme a pressa. Quando alguém me pergunta por que é que eu não compro os pães nesse ou naquele lugar eu respondo que é porque eu quero e que sou eu quem come esses pães e que, nesse caso a decisão é minha. Nesses dias eu ouço como resposta que eu não sou muito polida.

Reflito porque nem sempre se sabe onde fica a panificadora do demônio, mas, se puder, eu evito ir até lá. O meu lado nessa discussão é o oposto desse lugar.

Todos os seres humanos erram, mas se souber que algo é errado, é mais fácil se evitar. Essa é uma reflexão maniqueísta entre o bem e o mal, mas mal não faz porque é voltada ao bem dos relacionamentos.

Parem com isso! Vivam o melhor que puderem os seus relacionamentos, que eu vivo os meus muito bem.

Um comentário:

Célia disse...

Como detesto intromissões... Privo minha liberdade de obtusos... [Gostei da "panificadora do demônio"]... Sensacional!!
Abraço.