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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Amantes e Casados

Amantes e Casados

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O jovem adulto casado conversava com o amigo no café.

O amigo perguntou se aquela moça que estava com ele noutro dia era a sua amante.

O jovem respondeu que não. Era a sua mulher, legítima esposa, bonita do jeito que era.

O amigo perguntou a ele como era estar casado, ter uma mulher bonita, e cheia de curvas. Disse a ele que o perdoasse pelos adjetivos, mas o fato era verdade.

_Eu sei que a minha esposa é bonita. Eu sei que todos olham para ela e a admiram. Ela sabe que é bonita e sabe que eu sei que ela é bonita. Combinamos em nossa intimidade. Eu disse a ela que não iria proibi-la de olhar para quem olhasse para ela. Pode ser um parente, colega de trabalho ou, algum vizinho. Eu quero que ela me apresente os seus conhecidos.

O amigo perguntou se ele não sentia certa insegurança ou ciúmes dela.

_Como se adiantasse ter ciúme. Eu permito que ela olhe para quem a observa, mas a condição vale para mim, igualmente. Eu olho para as moças bonitas e se encontrar alguma conhecida, eu não quero que ela sinta ciúmes. Agora, se um de nós, trair a confiança que temos um no outro, nos separamos. O que eu não quero é que ela se sinta intimidada por estar comigo. Eu quero ser o homem da confiança dela e quero que ela seja a mulher em que posso confiar. Foi com esse intuito que nós nos casamos, para estarmos em intimidade. De vez em quando um chama a atenção do outro quando o olhar excede a observação, mas um sabe o que o outro faz. É importante para nós esse comportamento, e nasceu no tempo do namoro.

O amigo disse que a namorada dele também era bonita, era aquela moça que foi esperá-lo na saída do trabalho. Ele estava em dúvida se namorar uma moça bonita daquele jeito valeria a sorte de estar com ela.

_Depende do jeito como vocês se dão. A minha mulher, quando recebe um elogio que ela não gosta, se defende dizendo que, para ela, sou eu o escolhido para o resto da vida dela.

A hora do almoço acabou e, na ida para o trabalho eles presenciam um homem dos seus quarenta anos dando um abraço exagerado na mulher um pouco mais nova que ele.

Nenhum dos dois era muito bonito; barriguinhas de ambas as partes compunham o conjunto, além das roupas ajeitadas e os sapatos gastos, mas conservados.

A mulher chamou a atenção dele pelo exagero do abraço no ponto de ônibus. Ela estava contente, mas severa.

O homem respondeu na hora:

_Mulher, então tu não sabes que és um desacato para a minha autoridade?

Ela sorriu e disse:

_Sei, mas temos a nossa casa para as nossas intimidades.

Os dois caíram na risada. Ele estendeu os braços e ela disse para que ele a aguardasse.

Os amigos passaram, olharam, pensaram e, era sobre isso que eles falavam ainda há pouco.

4 comentários:

Antonio Pereira Apon disse...

Confiança, afeto e cumplicidade, constroem o respeito de uma relação, fortalecem os laços de um sentimento verdadeiro.

Um abração.

Rute Beserra disse...

Confiança é a base de tudo em um relacionamento.
Bjs

Unknown disse...

Uma bela relação deixa, deixa td no lugar, e o sentimento real é o que prevalece,gostei de ler...abraços de saudades minha querida, aos poucos vamos pondo as visitas no lugar

Bjuss com carinho de sempre

_________Rita!!

Anônimo disse...

É sempre ua delicia ler estes contods e histórias. Gosto sempre, apenas nem sempre posso comentar, pela pressa da vida.

Armando Pinto
Longra Histórico-Literária

http://longrahistorico.blogspot.pt/