Causo Contado/ Crônica do Cotidiano
Essa história que me foi contada por uma amiga, vale a pena ser escrito e recontado.
Todo o cuidado é pouco quando se quer ajudar, mas ajudar é importante e não devemos nos recusar a fazê-lo, afinal, podemos proporcionar qualidade de vida a quem precisa.
Em um passeio turístico, o senhor deficiente visual foi convidado a participar e contar com a ajuda dos responsáveis pela condução.
Para subir para o ônibus, o senhor contou com a ajuda do motorista e sentou-se no lugar correto, colocando o cinto de segurança.
Ao chegarem a Morretes, cidade pitoresca do estado do Paraná, o motorista se viu obrigado a descer para verificar os bilhetes que davam direito ao passeio de trem até Paranaguá (passeio turístico obrigatório e imperdível para quem vem ao estado) e encaminhar os passageiros que tomariam o trem para a condução correta.
Dentro do ônibus estavam esta amiga e outro passageiro, que estavam sem pressa porque iriam almoçar o barreado (comida típica de carne cozida em panela de barro) no restaurante local. Eles não passeariam de trem naquele dia.
O senhor, deficiente visual, soltou o cinto de segurança e se levantou.
Os passageiros “sem pressa” viram e perguntaram se ele não preferia esperar pela ajuda do motorista.
Ele disse:
_Não se preocupem. Sou cego, mas me viro muito bem com a minha bengala.
Os passageiros se entreolharam e apontaram para a rampa que dava acesso aos degraus da saída em curva.
A senhora disse ao outro passageiro:
_Ele não conseguirá fazer isso sem ajuda.
O deficiente visual disse que faria e que ele tinha aprendido a se virar sozinho.
O passageiro homem, vendo que as palavras da senhora não surtiram efeito, ficou para ajudá-lo.
_Somente se eu precisar, disse o deficiente visual.
Enquanto isso, o motorista era rodeado pelos passageiros que precisavam de mais informações para pegar o trem.
O passageiro salvou o final feliz da viagem para todos os demais, para o deficiente visual, para a senhora e para o motorista, que ingenuamente pensou que o deficiente fosse esperar por ele para sair do ônibus.
Ela me disse que tudo é bom quando termina bem.
Não custa nada contar para vocês.
5 comentários:
Puxa, cada uma! Ainda bem terminou bem! beijos,chica
Olá
adorei o blog e já estou seguindo!
Visita o meu, visita?
arbol-de-amor.blogspot.com
Beijos!
Agora fiquei comovida!
Beijinhos
Olá Yayá.
Penso que o motorista não agiu por mal e o deficiente visual, quis demonstrar a sua autonomia e auto-estima, compreensível!
Pormenores de vida, saborosos no bem acabar.
Abraço.
Oi Yayá,
Tudo vai bem, quando termina bem!
Autonomia é bacana, quando supera certos limites, melhor ainda!
Beijos!
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