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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Antevéspera / Crônica do Cotidiano

Antevéspera / Crônica do Cotidiano
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Todos nas ruas fazendo compras para as mães e para as sogras, dia de trabalho corrido para conseguir o presente ideal.
O dia começa cedo. Diversão logo de manhã. Ligo para a seguradora para tratar de negócios e a resposta séria da secretária eletrônica, mas de pessoas que conheço já há algum tempo, me deram o primeiro sorriso:
_No momento não podemos atender. Por gentileza, ligue mais tarde. Em caso de urgência compre um cachorro.
Depois dessa, saio e comprimento um conhecido.
_Bom dia, como vai o senhor?
A resposta inesperada e interessante me deixa pensativa:
_Cá vou eu a olhar os corvos por trás da lama. A senhora entenda se puder.
Hoje eu não amanheci para códigos secretos. Não quero nem saber de corvo e lama. Tenho o que fazer.
Um dia de agenda cheia, paro e tomo um café. Eu tenho os meus hábitos.
A freguesa, próxima a mim, não se contém e diz:
_Por que a senhora frequenta essa cafeteria barata quando a senhora pode ir tomar um café expresso numa máquina requintada?
Pacientemente respondo que o café do local tem o sabor bastante semelhante àquele que faço em casa. O preço do café não indica a qualidade e o sabor do mesmo. Sinto muito pela sua pergunta. Ela fica emburrada e eu me sinto mais inteligente do que antes.
Chego à loja de departamentos e o vendedor me disse para que eu aguardasse o minuto de silêncio.
Fiquei constrangida de chegar à loja na hora do minuto de silêncio e, com respeito aguardei o momento para sair da loja.
Não sei por que perguntei:
_Quem morreu?
A resposta foi de acordo com as outras respostas do dia:
_Ninguém morreu. Hoje a loja abriu falência e homenageamos o nosso estimado gerente geral com o minuto de silêncio. A senhora se sinta à vontade e compre o que quiser. Começou a liquidação com cinquenta por cento de desconto.
Vim embora.
Chegou o momento infalível que é o momento de comprar os pães.
À saída do supermercado, eu digo:
_Boa tarde.
A moça me responde:
_Boa tarde, volte sempre.
O garoto, funcionário, ao lado dela, diz:
_Você é complicada! O seu caso é para o meu pai psiquiatra!
Sobrou-me a curiosidade de saber se todos esses diálogos foram em expectativa pelo próximo domingo.

7 comentários:

Unknown disse...

Só pode ser pois é no domingo que acontece as comemorações do dia das
mães. E tudo isso é só para confundir as cucas maravilhosas que estão abaixo dos cabelos. Rss.
ASbraço

Célia disse...

Sabe-se lá o que se espera no próximo domingo... Sempre uma incógnita, as pessoas!
Bj. Célia.

lis disse...

Fez-me rir Yayá nosso cotidiano esbarra em situações inusitadas...
um bom fim de semana
vou também para as compras que o dia das mães no Brasil é amanhã rsrs
imagine o que vou presenciar!!
abraços

Wanderley Elian Lima disse...

Dia complicada o seu. O melhor era voltar pra cama, e esperar o sol esfriar para não esquentar a cabeça.
Bjux

Lúcia Bezerra de Paiva disse...

São sempre mais estressantes, as antevésperas do comércio das homenagens. Fujo delas!
Sempre uma oportuna crônica, Yayá!
Um beijo,
da Lúcia

XicoAlmeida disse...

Espero que tenha sido apenas uma feliz expectativa Yayá.
Mas foi um dia mau, não foi?
Um abraço.

Artes e escritas disse...

Grata a todos vocês. Xico e Wanderley, respondo aos dois com a mesma resposta: foi um dia para não se levar à sério. A ansiedade gerada pela expectativa de agradar com as lembranças e os almoços do dia festivo de reunião familiar, animam o ambiente. Um abraço à todos, Yayá.