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O blog da Nina, menina que lia quadrinhos.

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Filhos Criados

Filhos Criados

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Depois dos filhos criados as amigas se encontram. Joana diz que está doente, e as amigas perguntam para ela qual é a doença que a aflige.

_A minha doença vem do meu marido. Quando nos conhecemos, ele me convidou para dançar e não disse uma palavra. Eu fiquei fascinada de dançar ao som daquelas músicas românticas e calei-me. Depois, nos encontramos novamente. Ele chegou atrasado e eu lia um livro para passar o tempo. Ele chegou, sentou-se ao meu lado, esperou que eu terminasse de ler o capítulo e, depois me abraçou. Eu me senti apaixonada.

Em poucas palavras, casamos. Eu perguntava sobre o que jantar, e, ele respondia que o que eu fizesse estaria bom. Certa vez comprei um vestido com decote ousado para provocar ciúmes, mas na hora de sairmos, me arrependi e perguntei a ele se o meu vestido não era extravagante. Ele disse que eu havia pagado por aquele vestido e o deveria usar.

Eu cheguei a desconfiar que ele fosse homossexual e propus que fôssemos a uma festa da diversidade cultural; ele respondeu secamente e disse que preferia dormir.

Adquirindo a mania de perguntar a ele sobre o nosso relacionamento, perguntei se ele estava feliz com o nosso casamento de dezessete anos; ele disse que sim, estava muito contente.

Logo em seguida, o meu filho entrou no curso de medicina. Acordei para o que se passava quando o meu filho terminava o segundo ano de faculdade e ralhou comigo, em tom de pilhéria, mas ralhou:

_Mãe, quando é que você entenderá que o pai tem dificuldades para se comunicar? Esta é a resposta de um dos meus professores. Você está com a mandíbula presa, cerrada, o que indica tensão e, os seus olhos, mãe, são de uma tristeza visível e você terá que se tratar. O tratamento, neste caso, é para você; foi o que o professor disse.

Hoje, vivemos bem, mas ele fala o necessário. Vejam como cheguei até vocês: ele perguntou se eu queria vir e eu disse que sim. Ele me disse para fazer as malas. Talvez conversemos hoje à noite, mas eu não sei. Sei que temos a chance de estarmos bem e é o que importa.

8 comentários:

Patricia Galis disse...

Creio que uma pessoa que não expressa o que sente sofre muito, pois é horrivel querer conversar, ouvir o que o parceiro deseja, sente e nada, um belo texto, conheço muita gente assim.

Unknown disse...

Um tema muito interessante. A comunicação entre o casal.
Nem todas as pessoas são ou têm facilidade de expressão.
Com o tempo habituamo-nos e somos capazes de convivermos: olhando, sorrindo e bebendo largos espaços de silêncio.

Artes Ideias e Dicas disse...

Olá, é uma história interessante, mas será que um casamento funciona sem haver dialogo?Não creio...
BEIJOS...........ALICE

Célia disse...

Belíssima reflexão na arte de relacionar-se!
Abraço da Célia.

Mª Carmen disse...

Es cierto que puedes vivir con personas al lado y haya poca comunicación pero es muy triste, a veces no son necesarias las palabras preo sin ellas no hay comunicación.Besitos.

Smareis disse...

Acredito que o diálogo seja o cérebro
de um relacionamento.
Uma excelente postagem.
Beijos grande!

mfc disse...

É essa a oportunidade que devemos agarrar com as duas mãos!!

brisa48@bol.com.br disse...

QUERIDA AMIGA
QUE TEXTO GOSTOSO DE LÊ.NA REALIDADE EXISTE PESSOAS QUE NÃO CONSEGUE DIZER O QUE SENTE. NA REALIDADE EXISTEM MUITOS CASAIS QUE NÃO SABE DIALOGAR.
PARABÉNS.YAYÁ
BOA NOITE E UM BELO DIA.
BRISA