Casa Antiga.
Existe uma casa na estreita avenida.
Tal é uma janela de mar solta ao vento,
Perdida no tempo de soma aferida.
Dos dias do passado aos dias de movimento.
Quem passa e vê a casa, a pressente movida,
Porque da reforma sobrou um cata-vento.
Há vida no cimo da porta abatida,
Que marca o passado e a bondade em fomento.
A porta e a janela, na aberta comportam
Franqueza e ternura. Na casa, enternecida,
A dona é animada. Sorrisos se enlaçam.
A nova casinha querida já é erguida,
A porta e a janela, porém, não reclamam
A vida passada. Será bem vivida.
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